1 de dezembro de 2013

Sapeca



Sapeca
 Misto de sapo e perereca
                                               Nº 4 – Nov/2013 – Editor: Tonico Soares                               

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10 de novembro de 2013

Chicos 39

Esta é a edição número 39 de 31 de outubro de 2013.
Vejam: O discurso de Luiz Ruffato em Frankfurt. Pela coerência do Ruffato com sua obra literária e história pessoal vai aqui o nosso aplauso e nosso apoio. 
A poesia de Alda Merini, a quem Pasolini chamava carinhosamente de "a garota milanesa". 
Someck e Al-Maaly estiveram em São Paulo em novembro de 2012 para um debate, na USP, sobre poesia oriental. 
Alberto Acosta traduz para o português a poeta de Catamarca Maria del Rosario Andrada e para o espanhol Ascânio Lopes.
Ronaldo Werneck conta aqui, em crônica publicada no Há Controvérsias I, a verdade sobre a partida de futebol em que atuou como goleiro contra o time do Chico Buarque, bem diferente da “versão” do Henrique Frade que aparece em Fantasias de Meia Pataca do José Antonio Pereira. 
Num texto, publicado na Folha de SP a algum tempo, Oscar Niemayer fala da integração das artes plásticas com a arquitetura, onde ele nos diz como tal aconteceu no Colégio Cataguases. 
Antônio Jaime tece umas considerações e nos apresenta um ótimo trecho de José Veríssimo em a História da Literatura Brasileira.
Leo Barbosa, poeta de João Pessoa PB resenha O sol nas feridas de Ronaldo Cagiano. 
Vanderlei Pequeno fala da incrível exposição do artista plástico Luiz Lopez lá no Colégio Cataguases. 
Slotti em sua crônica nos lembra do Tão – o assobiador da Praça Rui Barbosa. Quem quiser ouvi-lo novamente, vai ter que assistir ao filme do Ronaldo Werneck. 
E muito mais vocês encontrarão por aqui. Divirtam-se! 
Os Chicos

Altamir Soares convida


20 de outubro de 2013

Um poema de María del Rosario Andrada




creio
no amor
que tingiu de vermelho a estalactite
no sacerdote que vestiu
de angústia a tarde
na oferta dos corpos
na aranha que cruzou o desfiladeiro
na seca que aniquila
no chocalho dos fantasmas
nas ruínas de falso brilho e devaneios da alvorada
nos visionários da comarca que
morreram
de cócoras
agora
uma manada de vicunhas se prende
a uma saliência
e o ar santifica as alturas
e somos olhos
aroma de pele alheia
sumo de verão
algo mais que apagado
alumbramento

María del Rosario Andrada
Poeta e ficcionista, nasceu 
em Catamarca, Argentina, onde reside.


Tradução de Ronaldo Cagiano 

8 de outubro de 2013

A aposta brasileira em Frankfurt


Impulsionada por um investimento de R$ 18,9 milhões, a produção literária contemporânea é o carro-chefe das editoras nacionais no ano em que a maior feira do gênero presta homenagem ao País

A maior e mais importante feira literária do mundo será verde e amarela – pela segunda vez, fato inédito nos últimos 25 anos. Como "Convidado de Honra", o Brasil volta à Feira de Frankfurt, na Alemanha, 19 anos depois com um investimento grandioso, na ordem de R$18,9 milhões, e a proposta de inverter o jogo: passar de comprador a vendedor de direitos autorais no mercado internacional. Para isso, aposta em autores consagrados de várias gerações, como João Ubaldo Ribeiro, Ana Maria Machado, Nélida Piñon, Bernardo Carvalho e Luiz Ruffato e em novos nomes que despontam como promessas, a exemplo de Carol Bensimon ("Sinuca Embaixo D"Água"), Carola Saavedra ("Flores Azuis"), Daniel Galera ("Barba Ensopada de Sangue") e Eduardo Spohr ("A Batalha do Apocalipse"). "A expectativa de crescimento com a exportação de direitos autorais é da ordem de 3% a 7% nos 12 meses subsequentes à feira", disse à ISTOÉ a presidenta da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Karine Pansa.

As obras nacionais que fazem parte do evento, com abertura na quarta-feira 9, são escolhidas pelas editoras estrangeiras encarregadas da tradução. Ao todo, serão mais de 2.500 obras traduzidas ou em via de tradução de 170 editoras brasileiras.  "Finalmente temos algo mais forte que o Pelé! Vamos mostrar uma vitrine além das caricaturas e estereótipos", comemora a ministra da Cultura, Marta Suplicy, numa referência ao pôster do evento, que mostra o ex-jogador.

A produção jovem e a ficção contemporânea são apostas fortes no mercado internacional. "O Ruffato, em especial, está muito querido na Alemanha neste momento", pontua Moema Salgado, coordenadora do Centro Internacional do Livro da Fundação Biblioteca Nacional. Para quem chega lá, a repercussão posterior é comprovadamente positiva. "Depois da feira do ano passado, Galera teve obra disputada até em leilão", conta Otávio Marques da Costa, publisher da Companhia das Letras, uma das poucas editoras brasileiras a ter estande próprio na feira.

Isto é - 07/10/2013

25 de setembro de 2013

24 de setembro de 2013

Eles eram muitos cavalos

Considerado pelo jornal O Globo como um dos mais importantes romances da década, vencedor dos prêmios Machado de Assis e APCA, lançado em Portugal, França, Itália, Alemanha, Argentina e Colômbia, Eles eram muitos cavalos, de Luiz Ruffato, terá a 11ª edição (revista e definitiva) lançada no fim deste mês pela sua nova casa, a Cia das Letras.



12 de setembro de 2013

6 de agosto de 2013

Chicos 38


Esta é a edição número 38 de 31 de julho de 2013.
        
Abrimos a edição com Kajal Ahmad, uma interessante poeta curda, um dos povos que também perdeu seu território.  
Outra poeta presente é a nossa amiga Flausina Márcia.
Ronaldo Cagiano, em seu incrível trabalho de mapeamento da poesia contemporânea argentina, nos presenteia com a tradução de César Cantoni.
A poesia cabo-verdiana se apresenta com Corsino Forte, como também “Funchal” do poeta sueco Tomas Tranströmer.
Numa tradução de Alberto Acosta publicamos em espanhol o poema Cataguases do Ascânio Lopes.
Adelto Gonçalves apresenta um magnifico texto sobre a poesia de Claudio Sesín, grande amigo, divulgador da poesia brasileira na Argentina e colaborador aqui no Chicos.
Eltânia André em seu caminhar pela Itália nos fala de Dante e sua Divina Comédia.
Antônio Jaime em O nome da Rosa em JF, nos fala das peripécias nada ortodoxa dele e da sua trupe teatral em um seminário em Juiz de Fora; 
mais adiante, noutro texto fala do belo livro de Fernando Abritta recentemente lançado.
Ronaldo Brito Roque em Zoom passeia pelas artes em Cataguases.
A última entrevista de Manuel Bandeira, concedida a Pedro Bloch, é incrível e bela, compartilhamos com vocês.  
Em setembro a peça A Quarta Parede de Carlos Sérgio Bittencourt inicia carreira em Cataguases.
E muito mais vocês encontrarão por aqui.  Desfrutem!    
  
Uma boa leitura para todos.

Os Chicos

Para ler clique em:  Chicos 38

24 de julho de 2013

Carteira de cronista


                      Numa linguagem que remete ao Salinger de O apanhador do campo de centeio, José Antonio busca num tempo perdido (e no agora,) da mítica infância/adolescência o assunto de suas deliciosas crônicas.  E aí está, a meu ver, a sua maior qualidade: uma técnica sui-generis aliada a uma memória cinematográfica.
 Mas, é ele um autor inédito?
Mais ou menos: José Antonio integrou o quarteto que veio a se chamar de Os cronistas da rua Alferes, em referência ao livro que publicou juntamente com Vanderlei Pequeno, Emerson Teixeira Cardoso e José Vechi: Portanto é quase inédito, exceto pelos artigos e contos publicados na e-zine Chicos, alguns constando neste Fantasias de Meia Pataca.
José Antonio, escreve e consegue o que ao meu ver é indispensável na boa prosa: unir o sentimento à arte, pois o sentimento é arte também, e ambos são expressão. 
O livro quando nos leva à representação da infância evoca nomes, lugares, firmas comerciais, acontecimentos políticos, festas populares, como as quermesses da igrejinha do Rosário, o carnaval, de onde resgata a gostosa marchinha, Citran de Cataguarino: “Citran de Cataguarino chegô...ô...ô...ô... Trouxe um varal de galinha... uma cestinha de ovos... Citran de Cataguarino chegô”.
Mas o lado Macunaíma é revelado com a ironia existente em outras faces de seu estilo: Milagres de economistas; O meu mil novecentos e sessenta e oito, Primeiro de abril de 1964 e, Não é minha culpa.
Pedi a um jovem que desse uma olhada nos originais de Fantasias de Meia P ataca e depois perguntei o que tinha achado do livro, e ele: Na crônica, A vila, depois de dizer o que era ela para ele na sua infância, José Antonio completou: “Notei, que meus amigos estavam engrenados num papo sobre futebol. Acho que até o leitor me abandonou.”    Pelo contrário, o meu interesse no livro ali apenas começou – emendou o rapaz.
Seu lado cinematográfico nos leva a perambular pelo Bixiga dos anos 80, sua Roma paulista.  Só mesmo um cinéfilo de carteirinha para nos guiar pelo felliniano bairro estabelecendo uma correspondência entre este e a emblemática capital italiana com direito a Fonte de Trevi, Anita Elkberg como em La Dolce Vita. Entre mentiras, verdades e fantasias rolava muito papo e cerveja.
Pelas mãos de Ady Resende, é singela homenagem que nos remete ao início dos nãos 70 quando tivemos as primeiras impressões do colégio de Niemeyer, para chegar ao artesanato popular o mestre nos guiava pelas barras gregas, o desenho geométrico, o artístico, com suas sombras e perspectivas e à pintura propriamente dita com o necessário aprendizado de suas cores básicas.   E só depois de passar pelos clássicos, Rembrant, Matisse, Van Gogh, Toulose Lautrec, Portinari que ainda estava ali na nossa cara causando estranhamento.
Para finalizar estas já longas considerações acerca do belo livro de crônicas do José Antonio, destacarei o Barbastião, os dois o bar e dono, infelizmente já extintos ressurgem nas figuras do Cossaco, Rubão e outros bebuns anônimos e incorrigíveis, onde nas sextas-feiras como nas outras também era servido regiamente o tradicional café dos três efes: frio, fraco e fodido. Entra Vasco era a senha para voltarem os olhos para a calçada quando mulher bonita passava pela porta do boteco.
Quem se arvorar a leitura deste Fantasias de Meia Pataca não se arrependerá da empreitada. O José Antonio tem bala. 

                                                   Emerson Teixeira Cardoso                        

28 de maio de 2013

19 de maio de 2013

Fernando Abritta convida


Um poema de Coral Bracha


Entre estas ruínas


Este hotel é uma antiga escola,
sente-se que apesar do tempo.
Apesar das paredes derrubadas,
os espaços destruídos. Os que vivem aqui
parecem de passagem. Umas horas
do dia. Alguns meses.
Sem dúvida
têm seus próprios quartos,
mas dão a impressão de constante movimento.
Eu procuro entre estas ruínas meu quarto.
Não saberia desde quando, mas agora
eu vim para o que deve ter sido um jardim
ou um quintal.
Daqui todos os espaços são invertidos.
Talvez reconheça a fisionomia do meu quarto
por seu revés. Ou talvez reconheça a partir de
algum som.


Versão  Antônio Perin

12 de abril de 2013

10 de março de 2013

Chicos 37


Vejam nesta edição 37 da e-zine

A poesia de:
Badr Shakir Al Sayyab, Fernando Abritta, Tamara Kamenszain, Claudio Sesín, Emanuel Medeiros, Antônio Perin e Ronaldo Cagiano.  

A prosa de:
Emerson Teixeira Cardoso, João Antônio, José Antonio Pereira, Rubens Shirassu Jr, Antônio Jaime, José Vecchi, Ferréz e Sebastião Nozza Bielli Lotti.

Fotografias de:
Vicente Costa



9 de fevereiro de 2013

Um poema de Ali Salem Iselmu


Tiris

Se chegares alguma vez

a uma terra plana e branca

acompanhada de imensas estatuas negras

e o andar passivo de camelos e beduínos

lembrarás que existe uma terra sem amo e sem dono

espelho e alma de todo ser inocente.


Ali Salem Iselmu 
Nasceu no Sahara Ocidental em 1970 e estudou jornalismo em Cuba.     Depois de voltar aos campos de refugiados, ele trabalhou como apresentador e editor da Rádio Nacional Saharaui até 2000.         Ele é um membro fundador da Saharawi Friendship Generation.


Versão de Antônio Perin

20 de janeiro de 2013

Trem Azul - Edição 1 de Nov/Dez de 1997


Trem Azul - Revista literária que circulou em Cataguases no fim dos anos 90. 
 Editada pelos escritores Emerson Teixeira Cardoso e José Geraldo Gouvêa.

  Clique aqui e veja