pelas serpentes de pedra e asfalto
corre pressuroso um rio de animais metálicos.
Não há mais lugar pra os homens.
Anônimos, como areia na ampulheta,
vamos caindo atarefados em busca
da outra margem: a utopia.
A metrópole, como ventre,
espera o desconhecido, e na solidão geométrica
nascem catedrais de ausências.
Se Paris está lendo Paulo Coelho,
eis minha vingança:
Vou ler Proust em Cataguases
Ronaldo Cagiano
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