A Casa morta II
Ao José Vecchi
Lá na casa dos
Carneiros
Sete candeeiros são
acesos...
Elomar
Zé! A casa da rua
Alferes caiu!
O cheiro da nossa infância foi-se.A açucena-branca no aço do portão
lacrimejou no fio da foice do peão.
o último átimo do Pequeno al-fãriz
brandindo o aço de sua cimitarra
forjada do mais diáfano verbo
foi chorar um acorde da guitarra.
Zé! O cheiro da manga
agora só na gôndola O roxo da jabuticaba
só na marca dos imorais.
nem soleira alta nem sótão
nem cumeeira nem porão
nem assoalho de tábua corrida
nem virgens nuas por entre frestas.
Fruta roubada no pomar.
Nem pensar. Nunca mais.
Al-fãriz
árabe : cavaleiro, escudeiro
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