30 de dezembro de 2014
25 de dezembro de 2014
10 de dezembro de 2014
Opinião do Luiz Ruffato em El País
Meus romances preferidos
Existem dois tipos de listas: as necessárias e as inúteis, sendo que em muitos casos, dialeticamente, as necessárias tornam-se inúteis e as inúteis, necessárias.... Continuem a ler aqui
8 de dezembro de 2014
Poema de Ronaldo Cagiano à Manoel de Barros
Leitura de Manoel de Barros
Na pa
lavra,
absolvição dos vermes
redenção das folhagens
cumplicidade da terra
animais
homens
Flor escrachada
que se celebra
contra o almanaque das raízes
promessa de sementes
sondagens no aluvião
Subversão espontânea
de todas as entranhas
secreto fluido
na origem de tudo.
Verbo sem desleixo
apregoando edital das coisas
bichos
seres
(interlocução com a natureza)
A curva do rio,
vértice do poema
na vertigem do asfalto
promessa de sementes
eis a palavra a palavra a palavra
a palavra se germina
e gesticula nos purgatórios
e se instala, voci-
ferando
campo de chama e prazer
e
o poema o poema o poema
narciso redivivo,
o poema se cumpre inaudível
mas soberano
como os cetáceos nos pélagos do mar.
E se impõe e se instala
entre avencas retesadas
na sintaxe do barro
no fonema da areia
miliardário destino
solidário
como o seio da mulher
metáfora das maçãs
quais casulos soberanos
memórias das árvores
devaneio de luas e girassóis
(e)terna a gramática
que se expõe no chão estrelado
segredando outras lições
no latifúndio das frutas
ou no riacho que se vinga
no espetáculo do trajeto
de tugúrio em busca do mar.
(Do livro “Canção dentro da noite”, Ed. Thesaurus, DF, 1998)
Ronaldo Cagiano
10 de novembro de 2014
3 de novembro de 2014
31 de outubro de 2014
7 de outubro de 2014
8 de setembro de 2014
23 de agosto de 2014
22 de agosto de 2014
Morreu o poeta Francisco Marcelo Cabral - 20.08.2014
Ao lado, em nossas edições anteriores, vocês poderão ler a que fizemos em novembro de 2010. Nela comemoramos os 80 anos de Chico Cabral - Nosso maior poeta.
O vídeo abaixo é de Emanuel Messias
5 de agosto de 2014
1 de agosto de 2014
23 de junho de 2014
9 de junho de 2014
Chicos 40
"...Este começo de ano foi triste para nós, faleceu o amigo e artista
plástico Jorge Napoleão em 15.02.2014. Esta edição é dedicada a ele, nós o homenageamos com a nossa capa e a já célebre foto que fez do Chico Peixoto na
contracapa. Também, perdemos o poeta
mineiro Donizete Galvão e o prosador colombiano Gabriel Garcia Marques. Quando
perdemos um artista, nossa existência torna-se mais obtusa e pesada. Eles, sensíveis
que são, tornam nosso caminhar mais ameno, desbrutalizam-nos de nosso cotidiano... "
1 de junho de 2014
26 de maio de 2014
25 de maio de 2014
11 de maio de 2014
4 de maio de 2014
Quem se lembra de Paulo Martins?
Emerson Teixeira Cardoso
Por que ninguém se lembrou ainda de merecidamente homenageá-lo dando seu nome a um dos muitos centros culturais que Cataguases se orgulha de ter e que teimam em aparecer ad infinitum para a “glória de sua história que relembramos agora?”.
Muitos
foram os grupos ou agremiações literárias que, aqui surgiram nas últimas
décadas. Todos significativos ou no
mínimo capazes de inspirar nas gerações mais novas o desejo de realizações
criadoras, do fazer artístico.
Ninguém
representou melhor este espírito empreendedor, essa disposição e vigor do que
Paulo Martins.
Cineclubista
em seus belos dias, depois de incursionar pelo Teatro do Absurdo, a poesia
Marginal (Claudio Willer lançou juntamente com Sérgio Lima e Décio Bar suas
primeiras obras poéticas a convite dele), iniciando por aqui as atividades do
CAC – Centro de Arte de Cataguases. O CAC, consequência do Cine Clube Serguei Eisenstein
pretendia aglutinar as artes plásticas, literatura, teatro, cinema, escultura
numa postura singular e crítica que não suportava ideias conservadoras. O
jornal “Evolução” vinculava seus textos escatológicos para o escândalo de um
público para o qual a recém chegada televisão constituía a maior novidade.
Do
intercâmbio com outros grupos foram dar em Nova Friburgo para uma encenação de
Eugene Ionesco, “O mestre” iniciando uma fase mais teatral cuja denominação já
dizia tudo no que se referia as suas ideias futuras: “Tablado Atômico”.
Em
tudo e de tudo era Paulo um líder, um agente ou reagente das estruturas
edificadoras dos edifícios das artes, que a seu ver pediam ações modificadoras,
rápidas, extremas, profícuas.
Numa
sala do prédio onde ficava as instalações da antiga Radio Cataguases
realizou-se uma exposição de um artista holandês, Isaac Monteiro, os visitantes
pouco afeitos a seu estilo novo e transgressor deixaram o local assustados,
vivamente impressionados com aqueles trabalhos de uma renovação exacerbada.
Com
Paulo Martins era assim: Não compreendia a arte que não fosse com o objetivo de
transformar o indivíduo e seu meio que dormitavam numa realidade cultural
estagnada, estática, passiva.
O
Centro de Arte de Cataguases, buscava intensamente uma arte baseada na
experimentação. Do seu convívio no Rio
de Janeiro com gente de cinema adquiriu a experiência necessária para a
realização de seu filme. Uma produção toda dele que até mesmo no nome traduzia
na medida certa seus conceitos artísticos: “O Anunciador O homem das
Tormentas.”
Nesse
filme figuravam além de Carlos Moura no papel título: Silvério Torres, Agenor
Sereno, Haroldo Cardoso, Mário Cesar, Waldelar Moreira, Zélia Sereno entre
outros.
Cataguases
vivia pela primeira vez, depois da criação da Phebo Filmes, em clima de cinema.
Eu que
sempre fui um entusiasta desta produção, tenho-a visto sempre com interesse,
ciente de sua importância, seja pela originalidade do roteiro, pela técnica
inovadora, pela narrativa estranha, pela sua trilha sonora.
Por
isso não compreendo o descaso, (real ou aparente) para com esta obra e me
pergunto sempre: Quanto vale o trabalho
que nos legou Paulo Martins? Como a
cidade se lembra dele?
Paulo
Bastos Martins continua a fazer cinema. Vive atualmente em Campinas, São Paulo,
dando aulas de cinema na Unicamp – Poucas vezes voltou a Cataguases, (da última
vez, à uns vinte anos para a exibição de seu filme na FIC (Antiga FAFIC).
Ninguém
se arvorou ainda de lembrá-lo com uma exposição iconográfica, uma homenagem da Câmara
de vereadores, uma menção honrosa.
Para
disfarçar essa grande injustiça bem que poderia aparecer por aqui um Cine Clube
Paulo Martins.
Vamos
pensar nisso?
26 de abril de 2014
18 de abril de 2014
Ouça Gabriel García Márquez
Neste áudio, o genial escritor colombiano, que faleceu na noite de quinta-feira, lê passagens da obra.
Aqui, encontramos a família Buendía - Úrsula, Aureliano Segundo e José Arcadio Segundo - após a chuva que caiu em Macondo "durante quatro anos, onze meses e dois dias".
Escute o trecho na voz do escritor.
Cortesia: Universidade Nacional Autônoma do México e sua série "Voz Viva da América Latina".
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