30 de novembro de 2011

Um poema de Fina García Marruz


Se meus poemas

Fina García Marruz
Havana - Cuba



Se todos meus poemas perdessem
a pequena verdade que brilha neles
permaneceria igual a pedra
cinza
junto à água ou em uma grama verde.

Se todos os poemas se perdessem
o fogo seguiria nomeando-os sem fim
limpando-os de toda escoria, e da poesia
eterna
voltariam rugindo, outra vez, como o amanhecer.

versão:  Antônio Perin

22 de novembro de 2011

Poema de Kurihara Sadako

Eu vi Hiroshima

Kurihara Sadako (Hiroshima - Japão)

Nada se vê em Hiroshima.
Hiroshima: cidade de prédios e carros.
Casais de blue jeans cochilam
em bancos situados nos parques
uma criancinha corre atrás dos pombos sobre a relva.
O cogumelo atômico,
o cenotáfio -
São apenas gotas para instantâneos.
Não, isto é o que eu vi.
Pessoas sentadas em grupos como ascetas
sobre o meio-fio defronte ao cenotáfio.
Movendo-se lenta
e silenciosamente,
ligados em testes nucleares subterrâneos
no deserto de logínquos países
e no silencioso ruído das cinzas mortíferas
que explodem no ar,
gente que já viram o inferno atômico.


Pessoas sentadas no meio-fio
que conversam com mortos,
reunem-se aos mortos
para clamar pela paz.
Isto foi o que vi.
Gente em Hiroshima
sentados nos meio-fios
clamando pela paz.


Tradução: Emerson Teixeira Cardoso

Poema de Terezinka Pereira

Wall $treet


Germina o protesto
contra a usura
os ricos se assustam
mas o acampamento
continua funcionando.
Veio a polícia
para defender
o estabelecimento
mas o acampamento continua.
Há que fazer mais barulho,
mais passeatas, mais greves
e sobretudo, mais gente
milhões de indignados
tomando a determinação
de fechar a WALL $TREET
dos ricos e propor
uma MAIN STREET
com trabalho e recursos
para todos

Terezinka Pereira 
(Blufton - Ohio -  EUA)

15 de novembro de 2011

11 de novembro de 2011

11 - 11 - 11

Ainda há
ondas no mar
azul no céu
esperança no destino
e silencio na pedra.
Continuamos vivendo
e morrendo
como sempre.

Teresinka Pereira
(Blufton - Ohio - EUA) 

9 de novembro de 2011

Convite de Luiz Lopez




                  O livro infanto-juvenil, O AZUL DA POESIA, do escritor, poeta e artista plástico Luiz Lopez reúne 34 poemas e aborda vários temas (amor, infância, crítica social, meio ambiente, humor, sonho, fantasia, etc.) escritos em diversas formas: dos poemas-comprimido aos haicais; da prosa poética aos acrósticos; de quadras populares a poemas visuais.
O objetivo da diversidade de conteúdo e forma é atender a um público escolar heterogêneo de neoleitores, tentando conquistá-los por meio da leitura de um paradidático atraente e múltiplo.
Dialogando com os poemas, as ilustrações coloridas do autor e as páginas também em cores (criadas pelo designer gráfico, Marco Aurélio Mázzalla) estão a serviço do prazer da leitura por meio da estética do “belo”, unindo as artes visuais ao texto.  Com isso, espera-se que os alunos possam viajar n’O AZUL DA POESIA, despertando o gosto pela leitura.
O livro tem 56 páginas e uma ficha de leitura com 30 questões que auxiliam o professor a avaliar o desempenho dos educandos.
O lançamento será no dia 18 de novembro, às 19horas, na Biblioteca Municipal de Cataguases, na Chácara Dona Catarina. O Livro é patrocinado pela Lei Ascânio Lopes de Cultura e tem o apoio da “VT Transportes”.