21 de março de 2015
10 de março de 2015
Luiz Ruffato em El País
O muro da casa da minha irmã
Todos os sábados converso por telefone com minha irmã, que vive num bairro operário de Cataguases, interior de Minas Gerais. Percebi que, pouco a pouco, nosso assunto foi se modificando até que ... Continue a ler aqui
8 de março de 2015
Paulo Coelho provoca James Joyce e toma chinelada de crítico
Os autores hoje querem impressionar seus pares. Um dos livros que fez esse mal à humanidade foi ‘Ulysses’ [clássico do irlandês James Joyce], que é só estilo. Não tem nada ali. Se você disseca ‘Ulysses’, dá um tuíte”. Muitos críticos literários e editores de livro tomaram sal de fruta para digerir essa frase do escritor brasileiro Paulo Coelho, dita à Folha de S. Paulo no sábado 4, sobre uma das obras clássicas da literatura mundial. Mas nenhum deles foi mais voraz que Stuart Kelly, crítico de literatura do Guardian, jornal e portal de notícias de Londres. Continua aqui
30 de dezembro de 2014
25 de dezembro de 2014
10 de dezembro de 2014
Opinião do Luiz Ruffato em El País
Meus romances preferidos
Existem dois tipos de listas: as necessárias e as inúteis, sendo que em muitos casos, dialeticamente, as necessárias tornam-se inúteis e as inúteis, necessárias.... Continuem a ler aqui
8 de dezembro de 2014
Poema de Ronaldo Cagiano à Manoel de Barros
Leitura de Manoel de Barros
Na pa
lavra,
absolvição dos vermes
redenção das folhagens
cumplicidade da terra
animais
homens
Flor escrachada
que se celebra
contra o almanaque das raízes
promessa de sementes
sondagens no aluvião
Subversão espontânea
de todas as entranhas
secreto fluido
na origem de tudo.
Verbo sem desleixo
apregoando edital das coisas
bichos
seres
(interlocução com a natureza)
A curva do rio,
vértice do poema
na vertigem do asfalto
promessa de sementes
eis a palavra a palavra a palavra
a palavra se germina
e gesticula nos purgatórios
e se instala, voci-
ferando
campo de chama e prazer
e
o poema o poema o poema
narciso redivivo,
o poema se cumpre inaudível
mas soberano
como os cetáceos nos pélagos do mar.
E se impõe e se instala
entre avencas retesadas
na sintaxe do barro
no fonema da areia
miliardário destino
solidário
como o seio da mulher
metáfora das maçãs
quais casulos soberanos
memórias das árvores
devaneio de luas e girassóis
(e)terna a gramática
que se expõe no chão estrelado
segredando outras lições
no latifúndio das frutas
ou no riacho que se vinga
no espetáculo do trajeto
de tugúrio em busca do mar.
(Do livro “Canção dentro da noite”, Ed. Thesaurus, DF, 1998)
Ronaldo Cagiano
Assinar:
Postagens (Atom)