18 de junho de 2008

O doente - Guilhermino Cesar

Doente de poesia
não tem alívio nem cura
a menos que se interne
sozinho
no espaço incriado.
No diamante não serve ; é
demasiado claro.
Convém-lhe o resguardo
dos recém-nascidos:
olhos no escuro
vômito contido.

O mais é deixá-lo
gemer à vontade.
Muito

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