José Antonio Pereira
20 de agosto de 2009
10 de agosto de 2009
Resistência a Cataguases
*Leonardo de Paula
Ponte velha,
Fábrica velha,
Pracinha da Fábrica velha
Que velhice é essa?
A resistir aos anos
para nascer todos os dias para a vida.
*Leonardo de Paula Campos (Cataguases - MG)
Meditação
*Ronaldo de Melo
A vela me lembra o livro da Paz.
O livro, me lembra a página marcada.
A página, me lembra o ano velho que se vai, e
então, a vela me lembra o livro,
e, o evangelho os velhos.
*Ronaldo de Melo (Cataguases - MG)
27 de julho de 2009
Zune
Zeca Junqueira
O poeta é faca e
a poesia pedra de amolar.
Enquanto não vem a carne podre a ser cortada
a lâmina zune afiando na pedra que gira
e zune
e zune
e zune.
a poesia pedra de amolar.
Enquanto não vem a carne podre a ser cortada
a lâmina zune afiando na pedra que gira
e zune
e zune
e zune.
Zeca Junqueira (Cataguases – MG)
10 de julho de 2009
Dois Chicos e meia
*Emerson Teixeira
Meu caro amigo Chico
Criador da Meia Pataca
Que como Chico Peixoto
Eu admiro pacas
Permita que eu lhe pergunte
É o senso humano que indaga
Desculpe a brincadeira
Que o próprio ego te afaga.
Dois Franciscos que se prezam
Um dia correram esse risco
Levar no mínimo ao máximo
Essa paixão pelos livros
Um fez o Meia Pataca livro
O outro a passou em revista
Mas, se eram dois e ambos Chicos.
Ambos com Meias Patacas
Por que não fizeram juntos,
Uma Pataca inteira?
Por que não fizeram à meia?
Criador da Meia Pataca
Que como Chico Peixoto
Eu admiro pacas
Permita que eu lhe pergunte
É o senso humano que indaga
Desculpe a brincadeira
Que o próprio ego te afaga.
Dois Franciscos que se prezam
Um dia correram esse risco
Levar no mínimo ao máximo
Essa paixão pelos livros
Um fez o Meia Pataca livro
O outro a passou em revista
Mas, se eram dois e ambos Chicos.
Ambos com Meias Patacas
Por que não fizeram juntos,
Uma Pataca inteira?
Por que não fizeram à meia?
*Emerson Teixeira Cardoso (Cataguases -MG)
8 de julho de 2009
Pastoreio
Para Eduardo Dalter
*Ronaldo Cagiano
Hóspede do impossível
desafio as cartilagens do tempo
com as esporas do sonho.
Dos espasmos oníricos
com seu arsenal de enigmas
lavro uma geografia agreste
para colher
nas glebas da ansiedade
as ervas do êxito
com seus gumes de mel
Pastor de ilusões
a pregar no deserto de crepúsculos
converto-me em latifundiário de estrelas
e venço as varizes da noite
com meu repertório de delírios.
desafio as cartilagens do tempo
com as esporas do sonho.
Dos espasmos oníricos
com seu arsenal de enigmas
lavro uma geografia agreste
para colher
nas glebas da ansiedade
as ervas do êxito
com seus gumes de mel
Pastor de ilusões
a pregar no deserto de crepúsculos
converto-me em latifundiário de estrelas
e venço as varizes da noite
com meu repertório de delírios.
*Ronaldo Cagiano (São Paulo SP)
7 de julho de 2009
AUGUSTO BOAL
(1932-2009)
*Teresinka Pereira
Naqueles anos
de exílio
não qualificado
de "tortura"
encenávamos
o absurdo da vida
em um festival de teatro
na Califórnia.
O absurdo nos fazia
denunciar
a ditadura militar
sem aceitá-la.
Hoje me entregas
uma quota de absurdo
que não me permite
negá-lo: tua morte.
Sentiremos tua falta,
companheiro Boal,
para sempre.
de exílio
não qualificado
de "tortura"
encenávamos
o absurdo da vida
em um festival de teatro
na Califórnia.
O absurdo nos fazia
denunciar
a ditadura militar
sem aceitá-la.
Hoje me entregas
uma quota de absurdo
que não me permite
negá-lo: tua morte.
Sentiremos tua falta,
companheiro Boal,
para sempre.
*Teresinka Pereira
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