28 de fevereiro de 2008

A casa morta - Antônio Perin

Em antigas noites adolescentes
entre perfumes de mangas e teias de aranhas
pelas frestas do soalho...
Luzes.

Sedas, cetins, brancas coxas
Nevoas de franceses perfumes
brilha o corpo da jovem capricorniana.
Olhos gulosos se lambuzam
em orgias voieristas.

A memória fantasmeia passado,
corre os quartos, porões e quintais
do velho casarão em cacos.

Ilustração de Altamir Soares

Antônio Perin

Nenhum comentário: