28 de fevereiro de 2008

Água serpente - Francisco Cabral

*Francisco Cabral
Singrar o rio nos barcos de areia
abrindo a veia
do seu fluxo barrento.

Sangrar o Pomba para deter seu vôo
de quimera confinado às margens.

Despojar o rio das roupas de vapor
para vazar o visgo de seu clima,

Esgotar o rio Pomba para que revele
o ouro fino do leito, os saibros dos poemas.

*Francisco Marcelo Cabral

Nenhum comentário: